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domingo, 6 de dezembro de 2015

Pra começo de conversa - apresentando-me

Pra começar a conversar...

Vamos lá

   Este blog nasceu por querer organizar meus pensamentos e impressões do meu dia a dia. Para quem sempre gostou de ler e e escrever, essa é uma necessidade natural, tão básica quanto falar, comer, respirar. Registrar o que sinto, o que estou pensando, é extremamente valioso, especialmente quando se quer partir rumo ao autoconhecimento com o objetivo de se melhorar. 
   Escrevia em cadernos, mas quando cheguei à conta de cinco cadernnos universitários, comecei a pensar que seria muito mais proveitoso tanto para mim quanto para quem eu escrevia usar as ferramentas mais modernas do que papel e caneta, mesmo que escrever significasse um prazer. Para mim todos os trabalhos se iniciam manualmente par depois ser digitado. Mas a velocidade com que estsvam surgindo as ideáis era tamanha que fiquei com medo de me perder. E aqui estou.
Quero apenas ir registrando fatos que, por mais corriqueiros que sejam, têm a sua curiosidade, seu valor e com certeza diante da possível mesmice tem algo a contribuir na nossa vida. 
   Comecei a escrever nos cadernos num dia em que estava se sentindo carente, aflita, com vontade de conversar com quem quer que fosse. Então passei a conversar com as páginas. Com esse desejo, escrevi três cadernos grandes, depois mais dois. De modo que o conteúdo deles vai começar a ser trasncrito aqui, juntamente com as novas postagens. Tenho muita vontade de, ao dividir esses escritos, ajudar alguém. Se eu conseguir inspirar uma pessoa que seja a seguir no que eu chamo de bom caminho (vocês vão ver muito essa expressão aqui), já valeu a pena. 
   Sou enfermeira aposentada, por conta de uma doença degenerativa muito chata, a espondilite anquilosante. Tive que parar de trabalhar aos 35 anos, com dois filhos e uma viuvez recente. Na minha vida tudo sempre aconteceu de forma rápida, menarca, casamento, filhos, viuvez, aposentadoria, de forma que às vezes me sinto uma idosa. Mas atualmente conto com 38 anos, com a impressão de ser mais. 
   Como estava parando de trabalhar, tinha que fazer alguma coisa, Sempre busquei fazer algo, trabalhar, estudar e a idéia de parar não me agradava. Vendia cosméticos e roupas, participei de grupos de oração, fazia artesanato. Quando diquei viúva estava fazendo um mestrado, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela doença e sabendo que talvez não pudesse exercer a academia como de fato era o objetivo do curso. Costumo dizer que sou um espírito livre. Livre, mas não leviano. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não gosto de amarras, mas gosto de estar amarrada a um coração. Mas esse mesmo coração não pode querer me limitar, senão vou embora. 
   A partir dessa reviravolta, passei a trilhar um caminho de autoconhecimento, percorrer uma longa estrada longa estrada de renovação, reestruturação da alma. Nesse percorrer precisei amar muito, esquecer conceitos antigos que estavam tão arraigados no meu íntimo que pareciam a verdade absoluta e nesse processo encontrei pessoas maravilhosas, que estavam dispostas a dividir comigo alegrias, calor humano.
    Um dos interesses que surgiram se referiu à doutrina espírita. Calma, que não se trata aqui de um blog com assuntos relacionados somente ao assunto, mas ela também tem enorme influência no meu percorrer e com isso posso aborda-la muitas vezes. Mas não quero de modo algum impor nenhuma ideia. Como já disse, o lance é compartilhar analisar. 
      Qualquer pessoa que passa por um processo de perda tem o direito de procurar seja lá qual meio for para se consolar. E comigo não foi diferente. Busquei a religião católica, o espiritismo e a psicologia, além da ajuda que recebi dos evangélicos. Graças a toda essa ajuda, eu e meus filhos pudemos passar por tudo de uma maneira menos dolorosa, especialmente pelo jeito que meu marido se foi (suicídio). Então, não gosto que se diga que essa ou aquela religião ou comportamento espiritual está certo ou errado, todos têm muito a contribuir. 
     Dentro dessa ajuda, encontrei pessoas espetaculares. Muitas se revezaram para dormir comigo e não me deixaram dormir sozinha durante um bom tempo. Muita conversa, muita energia positiva. Mutas pessoas novas e redescoberta de pessoas que estavam pertinho e eu não conhecia do jeito que achava que conhecia. 
        Muitas pessoas (evangélicas, católicas, espíritas) me mostraram um jeito bonito de enxergar a vida, como levar as dificuldades e como se explicar o que acontece nessa nossa jornada. Sempre achei a fé algo bonito, fascinante. E elas estavam ali me ajudando a seguir nesse bom caminho, puramente por amor. Isso existe sim! Eu não sabia que era querida daquele jeito; só tenho que agradecer para sempre o que me fizeram por mim. 
Não estou querendo dizer que são pessoas perfeitas, infalíveis, de modo nenhum. Mas a vontade de acertar no bom caminho é tão grande que envolve a todos que estão próximos e eu fui junto. Estão cientes dos seus limites, mas também sabem de que estão nessa existência tentando evoluir, crescer espiritualmente e isso não os faz irrepreensíveis.
Minha família é de uma importância fundamental na vida. Ela me incentiva quando acho que vou tropeçar, conforta-me. E depois do que passei, aprendi e vi, dei muito valor a ela do que já dava. 
         Sei que trilhar esse caminho chamado vida é difícil. Mas ao mesmo tempo em que percorremos, entendemos e compreendemos muita coisa. A partir daí podemos adotar o mais brilhante dos comportamentos, que é o de se colocar no lugar do outro. Ter um pouco de empatia, se importar mesmo. Sem demagogias. De coração. Isso nos traz uma sensação de felicidade, uma realização tão grande que chega a ser viciante. Não é que vamos sair por aí distribuindo nada, mas é adotando no nosso dia a dia pequenas atitudes, cultivando pequenos hábitos que nos modificam para melhor e isso envolve o outro, envolve o(s) ser(es) com quem se vive(m). O resultado disso é o equilíbrio vital, tão necessário e tão difícil de se encontrar atualmente. Naquele momento de inquietação eu sabia que precisava resolver aquilo para poder seguir em frente, senão só teria sentimentos e atitudes negativas a dividir. E isso não seria legal, além de ser injusto com quem se importava comigo. E quis entrar no caminho da serenidade. E aqui faço um apelo: dá uma olhada nos textos pelo menos de vez em quando. Quem sabe o que eu estou dividindo é justamente o que você precisa ver para se sentir melhor...Se eu conseguir isso nem que seja com uma pessoa, já valeu muito a pena e vou me sentir imensamente grata e feliz!

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