escritos

escritos

domingo, 31 de julho de 2016

Pessoas

Estive observando os acontecimentos desse final de semana e realmente... as pessoas não têm noção. Certo que somo um bando de aprendizes neste planeta, que estamos em constante processo de crescimento, mas por isso mesmo deveríamos procurar os bons caminhos para que nossa trilha aqui seja exitosa. O problema é que ninguém escuta ninguém. Pais não escutam filhos, filhos não escutam pais, irmãos estão sempre em guerra fria ou declarada e por mais que tentemos mostrar e provar por A mais B que uma solução é viável para todos, não somos ouvidos. Não estou querendo dizer com isso que uns são donos da razão e outros devem apenas abaixar a cabeça e obedecer cegamente. Mas o diálogo deve estar sempre aberto e quando demonstramos até cientificamente que estamos na orientação cera, acho que as pessoas, especialmente aqueles que nos são caros, deveriam nos dar uma chance e nos escutar.
         É incrível como não nos escutam. É incrível como a vida bate na cara mil vezes, diz que os cristãos estão errados e dá sempre mais oportunidades e mais incrível ainda é como essas oportunidades não são aproveitadas! O orgulho, ah, o orgulho, essa chaga preta, negra, que corrói a alma do homem, faz bater no peito e dizer que “estou certo e não vou fazer isso, vou fazer aquilo, do meu jeito!”. Aí a porrada acontece e ninguém se lembra do orgulho. Fico danada porque por mais que a pessoa leve essas porradas, não enxergam e assumem seus erros. Volto a dizer: não sou perfeita e me incluo nesse roll de ignorantes, mas juro que tento melhorar. Acho que por isso vivo em paz. Gente caduca, gente nova, gente de todas as idades querem impor seus desejos, suas vontades mesquinhas e não aceitam um conselho de alguém que realmente se importa. Por quê?
         A única explicação plausível que encontrei está justamente nessa nossa sala de aula. Nem todos têm o mesmo rendimento, nem todos querem realmente tirar o dez e passar de ano. E pior, querem, mas querem fazer do seu jeito, através do orgulho e da presunção, da ignorância e quando são reprovados, acham que o professor foi injustoe que estão de marcação com eles. Parece conversa de primário, mas é exatamente isso que somos: alunos de primário, de jardim da infância. Enquanto não encararmos nossos defeitos e limitações e nos entregarmos de corpo e alma a essa aula, para estudar e apre-ender, vamos ficar de recuperação e reprovados. O bom professor ensina e cobra. Ele diz qual o caminho certo, diz como as coisas se comportam e como funcionam. Cabe somente a nós apreendermos e aplicarmos esses conceitos na prática de nossa vida diária.  E o bom professor se importa tanto com a gente que não nos deixará seguir para a série seguinte sem que tenhamos o mínimo de proveito nas disciplinas. Não seria justo com quem se esforça, com quem estuda mais e quer alguma coisa. Ele não faz isso porque nos detesta ou está “de marcação” (é o novo!), mas porque quer que sejamos gente, que sejamos fraternos e humanizados. Esse professor tem vários nomes. Uns chamam Deus, outros Jesus, outros Alá. Pode até ser chamado simplesmente de vida. Mas isso realmente não importa. O que importa é o conhecimento que ele nos passa e que teimosos que somos, insistimos em dizer que já sabemos e que não deveríamos estar em uma série tão involuída. Mas quando percebemos o quão mesquinhos e pequenos somos, caímos na real de modo tão doloroso que nos envergonhamos das asneiras que dissemos.
         Sei que estou escrevendo isso mais como uma forma de desabafo do que para fomentar uma discussão. As pessoas realmente não querem parar para ler um texto tão pouco atraente para elas. Tem muito mais assuntos interessantes, como cabelo, moda, sexo e festas para ser discutido. Mas não desisto. Quem sabe um dia alguém leia, goste e passe a discutir as ideias desse blog tanto comigo quanto com outras pessoas. Não quero ser a youtuber do momento, não quero ser a blogueira de sucesso. Queria muito apenas encontrar pessoas com quem pudesse trocar opiniões para saber se estamos no caminho certo, pelo menos tentando.  Então, se você está lendo e concorda, quer trocar uma ideia, passe adiante. Responda aqui. Não acredito que estou sozinha nesses meus pensamentos, não queria estar. Acredito na diversidade em todos os seus sentidos. E acredito no amor, na paz. Acho que para tudo se tem um jeito. Não sou positivista. Positivista é o oposto de negativista, ou seja, aquele que vê tudo ruim. Não vejo tudo bom e lindo. Sou entusiasmada. Acho que por mais difícil que seja a coisa, dá pra gente resolver, superar, enfim, enfrentar. Minha doença me ensinou muito. Queria muito dividir isso com alguém, conversar com pessoas de outros lugares, pra saber o que pensam, se estou mais ou menos no caminho certo. Então vamos lá. Deixe sua opinião. Abraço!