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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Viagem rápida

Temos tanto a conhecer e aprender, que uma existência não é suficiente para tudo. Quando pensamos em tudo que já fizemos e tudo o que ainda queremos fazer percebemos que a vida passa num estalar de dedos e que se não agirmos direito chegaremos ao fim da caminhada sem termos colocado em prática metade de nossos planos. Então, corramos pra que aquela sensação de poderia ter feito mais não nos acompanhe e sim que cheguemos ao final da caminhada com a sensação de fiz o que podia e até mais. Que Deus nos guie e ajude no nosso crescimento. Paz e bem!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pau que nasce torto não deve morrer torto

Existe um ditado que muitos de nós estamos acostumados a ouvir: Pau que nasce torto morre torto. Acho que esse dizer foi criado numa tentativa de justificar nossos erros, tornar popular a justificativa que erramos e não adianta tentar que somos assim e cabe aos outros nos aceitar assim e acabou-se. Só que preservar esse pensamento como normal é assumir nossa imaturidade e falta de boa vontade para crescer. Veja bem, se assumimos uma sentença dessa como correta, onde fica a lei do progresso? Onde fica a oportunidade de crescimento? O nosso corpo, ser biológico e rústico (quando comparado com o espírito)sofre infinitas mudanças diariamente, o tempo todo. Deus não faria nada imperfeito e isso inclui especialmente a nossa alma. Se o corpo, que é considerado um fardo para o espírito, transforma-se em busca da melhor adaptação e evolução, o que dizer da alma, da consciência? Ah, você não acredita em alma, espírito e tudo o mais? Beleza. Então vamos nos referir à sua inteligência, essa consciência que você carrega. Não acha que esse maravilha que é a sua consciência não merece a chance de se transformar em busca de viver melhor? Pensemos nisso. A lei do progresso busca a evolução e para isso é preciso mudar. Não é porque trago determinado comportamento ou opinião lá de outra encarnação ou de outra época de minha existência atual que não devo mudar. Senão todo o esforço de bem viver estaria perdido. Então, nada de dizer "eu sou assim e não mudo" e sim sim falar de peito e mente abertos "eu estou aqui para mudar" e automaticamente a mudança ocorrerá, de modo a auxiliar na evolução da alma e assim tudo concorrerá para que a nossa vida seja mais suave e feliz.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Tormentos


Não adianta reclamar. Somos os responsáveis por nossos flagelos. Tratemos nos melhorar para corrigi-los. 

Birra de criança

É incrível como algumas pessoas acham que devemos satisfazer as vontades delas ao seu bel prazer. Esperneam, choram e gritam como se fossem crianças birrentas e só sossegam quando chega alguém para socorrê-las na satisfação dos seus mais absurdos desejos. Onde está a maturidade dessas pessoas? Por que se dizem homens e mulheres adultos mas não agem como tal? Deviam saber que o mundo não está disposto a tratá-los como crianças, antes ele os castigará e os ensinará a crescer. A família não é um aglomerado de babás, é uma instituição que nos acolhe para nos ajudar a evoluir. A minha indignação não cabe aqui. Fico horrorizada a assistir mães, avós, tias e seja lá quem for a correr atrás de desvairados e descarados que exigem a satisfação pessoal independente de qual preço custe. 
Deus nos deu a grande oportunidade de aqui vivermos para aprendermos a amar, a convivermos com as diferenças harmoniosamente e assim termos a chance de amadurecer espiritualmente, melhorarmos como seres humanos. Incrível como tantos  desperdiçam essa oportunidade por conta dos seus desvairios tresloucados, por seus chiliques infantis que tão ridiculamente demonstram sem nenhuma vergonha. Acham que tudo e todos devem estar seu dispor e pasmem! Acham que tudo funciona do jeito que eles querem. Você não fez isso? Eu coloco na justiça, porque o meu advogado disse que é assim (e o pobre do advogado não sabe nem do que se trata).Escutam o galo cantar lá ao longe e já pensam que são donos da verdade. Nunca reconhecem nenhuma ajuda que lhes possa ter sido dispensada. É demais!
Não sei nem se tenho cara de pedir a Deus que tenha um pouco mais de paciência e não escute as aberrações dessas pessoas desse naipe. Ao mesmo tempo tenho vergonha de saber que Ele, na Sua infinita misericórdia, ainda luta pela mudança desses seres. Só mesmo um espírito superior, iluminado para acreditar nesse povo. Eu, enquanto espírito longe da perfeição, tenho vontade de tocar fogo em tudinho (calma; não precisa achar que sou terrorista; é modo de dizer por causa da minha indignação). Só Deus mesmo, pra aguentar tanta gente ruim. E é ruim mesmo, sem eufemismos. Gente de coração negro, que adora o mal. Que venera a confusão e a maledicência. Estou fugindo disso. Cruz credo!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Então é Natal

Venho hoje parabenizar o aniversariante do dia. Alguém tão importante, mas nos deu uma lição de amor e humildade. Alguém que tinha tudo para ser senhor do mundo material e poderia ter nascido entre reis e riquezas mas preferiu os simples e nascer na pobreza, na simplicidade de uma manjedoura. Alguém que poderia ter esquecido a humanidade mas preferiu compartilhar seu amor e sua preocupação com o próximo. Alguém que deu o maior exemplo de desprendimento e abnegação, deixando de lado todo materialismo em troca do humanismo e espiritualismo.
Ele nos deu esse exemplo mas deve estar decepcionado. Deve estar triste com nossa incrível capacidade de ser ruim. Nós conseguimos deixar para lá o nosso vizinho e seus problemas, sem nos importar com alguma necessidade que poderíamos suprir. Fazemos do nosso problema, da nossa necessidade e principalmente da nossa vontade o objetivo de tudo e tal como crianças altamente mimadas e birrentas queremos nosso desejo realizado a qualquer custo. E ai de quem não no satisfazer. Quando não conseguimos o que queremos abrimos o berreiro e aguardamos os babões  virem enxugar nossas lágrimas de crocodilo, insensatas. Pior também acontece: quando precisamos nos fazer de capacho para conseguir nosso intento. quando nos tornamos puxa saco de quem pode nos oferecer migalhas de realização fantasiosa, em busca de um reconhecimento ilusório e minguado e um sorriso de agradecimento forçado como uma esmola que são obrigados a nos dar. 
É triste a situação da humanidade. Temos que nos apegar à esperança divulgada pela pessoas que ainda creem na caridade moral, na compaixão e na boa vontade. Vamos entrar num novo ano nos segurando nas boas vibrações dessas pessoas que não se importam em deixar de lado suas vontades e partem em busca de promover um pouco de conforto ao seu irmão. Que não se importa  de abraçar, de ouvir um próximo que nunca viu antes na vida, mas precisa conversar para se sentir  melhor. Que não pestaneja em deixar de lado sua própria família biológica para fazer um pouco de bem a quem está precisando se sentir parte de um aglomerado que o aceite.vamos nos ater a essas pessoas e quem sabe desse modo conseguiremos multiplicar seus exemplos e tornar nosso lugar um pouco melhor  de viver. Quem sabe assim poderei terminar o ano vindouro com mais notícias sobre as ações dessas pessoas e acreditando um pouco mais na humanidade. 
Mas independente de qualquer coisa, quero deixar aqui registrado meu agradecimento. À minha adorada família (os que são de verdade independente de ser biológico ou não), que a cada ano amo mais. Aos meus amigos, que tanto lembram de mim e me ajudam tanto. Aos céus por me permitirem encontrar anjos da guarda.A todos que diminuem a minha dor física e alegram minha alma e felicitam minha família. Só posso pedir que as bençãos de Deus caiam sobre vocês num raio de luz e alegria. Obrigada a todos por tentarem me fazer feliz. E ao que querem o mal, querem ver a bagaceira mesmo, meu obrigado também. Vocês me ajudam a cada dia que passa a me valorizar mais e valorizar ainda mais minha família e meus amigos que tanto me amam. Que um dia vocês possam ter essa alegria e perceber que o mundo é muito maior do que o pequeno território no qual vocês vivem com tão pouco seres por perto. Que vocês descubram a alegria de ser imensamente amados, por todos, por todo tipo de amor: o conjugal, o fraterno, o amigo, o filial, enfim, o amor maior. 
Essas pessoas boas são a maior prova  de que o Senhor ainda acredita que temos futuro e crê na nossa salvação. Obrigada por esse voto de confiança. 
Obrigada, Jesus, pelo exemplo. Que criemos vergonha nesses nossos lindos rostos e consigamos colocar em prática o que o Senhor deixou: o amor. 

sábado, 19 de dezembro de 2015

Paciência

Paciência é virtude de poucos. Quando eu era mais nova abria a boca pra dizer que era a minha principal característica. Mas com o passar do tempo, parece que tudo conspira para que você a perca. São testes e mais testes, desde a chefia chata do trabalho até os filhos que, por mais abençoados e amados que sejam, vez ou outra colocam sua paciência à prova, passando pelo casamento... Mas é natural. À medida em que vamos crescendo vamos aprendendo a nos impor, a reconhecer nosso espaço e lutar pelos nossos direitos e isso faz com que muitas vezes não tenhamos paciência com quem quer nos fazer de besta. Quem consegue conciliar essa luta com paciência é realmente um herói! E ser herói não é para todo mundo. Vamos pensar mais um pouco nessa virtude sim, mas sem nunca confundi-la com passividade, sem deixar que ninguém pode nos nossos calos. E lembrar que antes de tudo somos humanos, falíveis. Mas por favor, também não confunda infalibilidade com agressividade. Jamais justifique uma falta dizendo que não é perfeito. Assim não vale.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Prepotência Adolescentística

Chamei meus filhos para fazer um teste de matemática que havia recebido no celular. Os dois estavam com seus celulares, deitados em seus respectivos quartos em um domingo de manhã ensolarado. Havia acordado há pouco. Mas incrível como mexer com o equilíbrio deles (leia-se falta do que fazer) é algo extremamente perigoso! Você tirar um adolescente de suas atividades internertísticas exige coragem! Mexa com um jovem e tente tirá-lo do seu habitat e poderá enfrentar uma fúria sem tamanho , ou ainda uma cara de desdém que tira todo o entusiasmo para qualquer atividade. O negócio foi tão sério que dei remédio pra pressão pro mais velho, de tanta careta e bufadas que ele deu... O que esse povo não entende é que não queremos tirá-los da mesmice do celular somente por tirar, por implicância. É porque tem um mundo tão interessante além do celular! Queríamos que eles conhecessem esse mundo e se mexessem, ao invés de acumular calorias que se transformam num bucho sem tamanho! Mas ô atividade ingrata! E o pior ainda é sair de errada, pois a minha indignação é chamada de gritona e impaciente. Tudo por se preocupar com eles. Pensava eu que sempre iria acompanhá-los, ajudá-los na jornada terrena. Mas já penso diferente hoje. Minha missão maior e razão da existência é ser mãe. Mas a partir do momento em que sou desnecessária, penso que minha missão acabou. E pedirei a Deus que tenha piedade desta alma e me retire para um local onde possa ser útil. Não quero dar trabalho a filho. Seria o cúmulo que eles dispensassem energias em me cuidar, limpando e alimentando.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Escolhas

Uma das coisas que deve ser objeto de nossas preocupações são as nossas escolhas.Em alguns momentos da nossa vida, temos que fazê-las sob muita pressão, tipo, no vestibular (nem sei se ainda existe, mas na minha época era um suplício; aliás, jamais imaginei que tão cedo fosse dizer "minha época").Em outros momentos, elas nos levam a pequenos caminhos diários, mas nem por isso menos importantes. A escolha do(a) namorado(a), da casa, do carro, da roupa, da comida. De tudo. E a maior de todas: a escolha de quem você quer ser. Essa pega tanta gente! Não estou falando em termos profissionais (deixa essa pra faculdade), mas em termos de posicionamento de vida. Aí você diz que isso não existe. Mas a todo momento você está defendendo a sua postura, a sua escolha de quem você escolheu ser. Se você escolheu ser ateu, por exemplo, a todo instante você lidará com situações em que precisará colocar seu ponto de vista. Do mesmo jeito de você resolveu ser católico, espírita ou protestante. A sua escolha trará todas as consequências dela para a sua rotina e então todos os dias você estará defendendo a sua bandeira, ainda que inconscientemente. Aí você diz que quer ser um individuo apolítico, ateu, agnóstico, todos os "as" possíveis, a fim de não se preocupar em defender nada. Mero engano: não querer ser nada também é uma decisão que você tomou.
     O que interessa são os desdobramentos dessas escolhas. Como você vai viver com elas, como elas o afetarão. Se eu escolhi viver com um marido bruto, não posso esperar que ele mude(pelo menos de uma hora para outra, ainda acredito na mudança das pessoas). Mas a priori, você terá que viver com uma pessoa alterada emocionalmente e com tudo que esse relacionamento pode trazer. 
   Quando quiser fazer uma escolha, tente imaginar isso na sua prática. Mas na prática mesmo. Por exemplo: tem gente que diz que vai deixar o marido hoje (ou o contrário, que vai pedir a namorada em casamento hoje). Imagine como será seus mínimos detalhes a partir dessa escolha. Como você vai levantar e ao olhar pro lado seu (sua) companheiro(a) estará ao seu lado (ou não) e como você vai lidar com isso. Imagine como será sua ida pro trabalho, escola, faculdade, seja lá o que for. Depois imagine sua volta. Parece meio abstrato, mas se você conseguir fazer esse exercício, você pode ter pelo menos uma ideia de como será sua vida a partir daquela decisão que você está prestes a tomar e isso pode ajudar a decidir. 
    Não quero dizer que sou a melhor em escolhas. Se estou escrevendo sobre isso é justamente para mostrar o quanto uma escolha sem planejamento mínimo pode te afetar pelo resto da vida.Aí mais tarde vem o arrependimento, o fato de querer estar mortinho da silva por ter escolhido algo que no fundo sabia que não ia dar certo. 
    Justamente outra coisa que ajuda: quando estamos fazendo esse exercício (que também não leva muito tempo, às vezes apenas alguns minutos), podemos "ouvir" aquela vozinha lá dentro nos orientando, a partir de nossas experiência com o fato que estamos lidando. Essa "vozinha" tem vários nomes. Consciência, anjo da guarda, diabinho e anjinho, sexto sentido, percepção, enfim. qualquer nome serve. O que importa é a aplicação prática, como ela ajuda. Que ela existe, existe sim. Não interessa como a chame. 
   Então, ROGO a você que, pelo seu bem e de todos que te cercam e outros que até dependem de você, faça esse exercício antes de tomar qualquer decisão. É sabido que nós devemos escutar o coração sim, mas a razão deve permear esse pensamento para não quebrarmos a cara lá na frente.E para vivermos melhor, sem arrependimentos grandes, sem tristezas, sem aquela de "se eu tivesse feito aquilo não estaria assim", Não custa nada tentar. E eu garanto que o resultado é ótimo, porque a margem de erra diminui bastante. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Oportunidades

Vamos aproveitar as oportunidades que nos são colocadas, Não pensemos que pedindo as coisas a Deus, ele descerá dos céus, imporá as mãos sobre nós e realizará todos os nossos desejos. As chances estão aí. Se você acredita em Deus, ou seja lá em quem ou o que for, até mesmo só em você, pode ter certeza que essa crença se manifesta através dessas oportunidades, dos caminhos que se abrem. Isso é praticidade. A crença deve ser prática, não alucinógena, não absurda. A conquista dessas chances é o melhor pagamento que pode existir. E o pior é que muitas vezes corremos atrás, criamos essas chances e NÃO A AGARRAMOS! Como é que pode? Deixamos pra lá. Aí vamos chorar. Adianta não. Deus, ou seja á quem for, ou o seu íntimo, não querem choro. Querem ação

Momento de questionamento

      Emmanuel,  mentor espiritual de Chico Xavier, diz que muitas vezes as igrejas podem ocultar a verdade sobre a evolução da alma fazendo com que os homens veja somente o lado material da vida, suas conquistas materiais (não estou falando de nenhuma igreja; apenas cito). João Paulo II destacava a união entre a ciência e a fé, ressaltando a importância do sentimento (que cria e edifica) e a sabedoria, como meio da alma alcançar a perfeição infinita. Chico Xavier já falava: "NÃO SOU UM HOMEM DE CIÊNCIA, SOU UM HOMEM DE FÉ". Então...
     Não adianta ser detentor de todo o conhecimento possível sobre o cosmo e algo mais se não existir humildade para usá-lo a favor da humanidade. Prova disso são os enormes arsenais de armas existentes ao redor da Terra. Armas químicas, biológicas, mecânicas, super modernas. O homem tem inteligência suficiente para construir uma bomba com poder de destruir cidades inteiras em minutos, mas não usa essa mesma inteligência para acabar com a fome, com a miséria e quantos outros males. A natureza, na sua bondade infinita, nos deu vários recursos para isso, mas a ausência de boa vontade e a incompetência para administrar esses bens preciosos nos fez perder o controle de tudo e jamais fazer nada em prol do bem comum. Mas ainda é hora de retomar o controle. Existem milhares de pessoas querendo fazer o bem. Nunca se viu tanta tragédia junta, mas também nunca se viu tanta boa vontade, solidariedade e movimentos a favor da paz. Pensemos um pouco a respeito e vejamos quais atitudes do nosso dia a dia podem nos levar a mudar esse cenário. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Tenho que aprender a respeitar os pobres diabos...

Muitas vezes encontramos pessoas completamente sem noção. Mas sem noção mesmo, sem saber o que dizem, o que querem, não nem quem são. Não posso reprová-las, humilhá-las, achando que sou detentora de todo o saber do universo. Acho que encontrá-las é a maior oportunidade de crescer enquanto gente. Se sei tratar corretamente o meu diferente, é sinal que posso lidar com qualquer situação. Se treino a minha paciência, é sinal de que estou aberta a novas experiências que vou ter tato para enfrentar qualquer coisa. Tenho que ver alguém ignorante como alguém que pode me ensinar algo. Ensinar como lidar com adversidade, sair da minha zona de conforto. E quem sabe me tornar alguém melhor.

Conceitos

        Todos passamos por momentos de reflexão Todo mundo para uma hora para pensar no que está fazendo. É um exercício saudável e que deve ser repetido com frequência. Fiz esse exercício justamente num dia que estava com muita dor física, tomando altas doses de morfina, parecia que nunca ia acabar. Comecei a analisar toda aquela situação, lembrando tudo o que já sabia sobre a doença, tudo o que ela já havia me causado, o que os amigos e os médicos já haviam me dito. Juntei tudo, somei com a forma como estava levando a vida e cheguei a algumas conclusões que a priori você pode até achar que não tem muita coisa a ver com o que eu estava passando, mas garanto que é só aparentemente. Na verdade, tem tudo a ver. Concluí:
1. Tudo o que fazemos vamos receber depois. O velho plantar para colher depois. Por mais que já tenhamos visto essa frase por aí, quando a trazemos para a nossa cara, ela pode doer. E você pode até se sentir culpado por um bocado de coisa que está passando. Esse é um motivo pelo qual devemos ter muito cuidado com nossas atitudes e mais ainda com nossas palavras. O que leva ao segundo ponto.
2. Cuidado com o que pedimos a Deus; Ele nos atende. Aqui eu falo Deus,, por conta de minha religião. Mas entenda como quiser, Deus, Buda, Alá, força superior, desejo, enfim. Fique à vontade.
3. O equilíbrio é o pai de todas as emoções e ações; tudo é uma questão de equilíbrio.
4.  A gentileza é a mãe de todas as emoções e ações. Quando agimos gentilmente mostramos que nos importamos com o outro, que não queremos maltratá-lo, queremos ajuda-lo e vê-lo bem.
      Depois que li e reli essas anotações, vi que precisava pedir perdão, tanto às pessoas que estavam perto de mim quanto a Deus. Como é que eu havia pedido para passar por várias daquelas situações e ainda por cima queria que os outros sucumbissem aos meus caprichos? É altamente injusto, não acha?
       Depois passei a ter o cuidado de policiar tudo o que falava e fazia. Mas calma, não é deixar de ser espontânea, mas pelo menos nas decisões mais importantes, pensar um pouquinho em quais seriam as consequências para o meu próximo. Como ele se sentiria e se eu não o prejudicaria Quando a gente passa a incorporar essa atitude na rotina, não é um fardo nem muito menos leva tempo. É feito numa fração de segundos. E o resultado é muito bom. Consciência limpa. Sono tranquilo. 
          Também não quero dizer que passou tudo a ser cor de rosa, que nem o nome do blog. Erramos muitas vezes, de maneira inconsciente, mas sejamos honestos, a quantidades de erros conscientes é muito maior. Pergunte-se isso.
         Comecei a ter ciência que queria percorrer o caminho do bem, que é o que chamo de bom caminho. Sabia que não seria fácil, mas a intenção era boa. Coloquei na cabeça que tudo o que fizesse seria em prol da minha permanência no bom caminho. E encontrei a segunda resposta, o segundo meio: o agradecimento.
       Passei a agradecer. Não aquele agradecimento bobo, automático, educado. Mas o de coração. Muitas vezes nem falado. Às vezes só pelo olhar agradecemos e quem nos conhece sabe disso. E se sente bem com isso. E se torno um círculo vicioso: eu feliz, tu feliz, ele feliz, nós felizes.
       A família foi meu primeiro agradecimento. Pelas noites mal dormidas deles por minha causa, pelo cansaço disfarçado, pelas idas ao hospital, pelas lágrimas diante da impotência derramadas junto às minhas. Só podia agradecer, agradecer e agradecer. Sabia que não fazia por eles nem a metade do que eles faziam por mim. Mas quem sabe eu pudesse modificar meu comportamento de modo a contribuir para um equilíbrio e todos sairiam ganhando.  Vale a pena tentar.

Passageiro

Tudo passa. Não adianta a gente ficar se apegando a uma situação, a um problema e até mesmo a uma pessoa, pois tudo vai passar. O que vai ficar da as sensações, as impressões, a experiência. Isso ninguém te tira. Não reclame, é o que temos para hoje. Sem contar que praticamente tudo o que está acontecendo tem raízes em nossos próprios desejos. Queria estudar? Queria trabalhar? Queria um amor? Queria filhos? Somos acostumados a pedir, pedir e temos que ter nosso gênio da garrafa ali a nosso dispor, mas NUNCA paramos para analisar quais as consequências dos nossos pedidos. Aí fica injusto com quem nos atende. Tentemos pelo menos um instante analisar nossas vontades e o mais importante: Arcar com as consequências delas. Isso é ser responsável e quando agimos assim nos tornamos mais felizes porque nos sentimos donos do nosso próprio destino, senhores da nossa vida. Nos sentimos poderosos, capazes de tudo e isso também nos impulsiona a grandes realizações. Daí que vem o sucesso, o tão esperado sucesso. Espero que você consiga. Não é impossível. Não se subestime. Você pode tudo.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Pra começo de conversa - apresentando-me

Pra começar a conversar...

Vamos lá

   Este blog nasceu por querer organizar meus pensamentos e impressões do meu dia a dia. Para quem sempre gostou de ler e e escrever, essa é uma necessidade natural, tão básica quanto falar, comer, respirar. Registrar o que sinto, o que estou pensando, é extremamente valioso, especialmente quando se quer partir rumo ao autoconhecimento com o objetivo de se melhorar. 
   Escrevia em cadernos, mas quando cheguei à conta de cinco cadernnos universitários, comecei a pensar que seria muito mais proveitoso tanto para mim quanto para quem eu escrevia usar as ferramentas mais modernas do que papel e caneta, mesmo que escrever significasse um prazer. Para mim todos os trabalhos se iniciam manualmente par depois ser digitado. Mas a velocidade com que estsvam surgindo as ideáis era tamanha que fiquei com medo de me perder. E aqui estou.
Quero apenas ir registrando fatos que, por mais corriqueiros que sejam, têm a sua curiosidade, seu valor e com certeza diante da possível mesmice tem algo a contribuir na nossa vida. 
   Comecei a escrever nos cadernos num dia em que estava se sentindo carente, aflita, com vontade de conversar com quem quer que fosse. Então passei a conversar com as páginas. Com esse desejo, escrevi três cadernos grandes, depois mais dois. De modo que o conteúdo deles vai começar a ser trasncrito aqui, juntamente com as novas postagens. Tenho muita vontade de, ao dividir esses escritos, ajudar alguém. Se eu conseguir inspirar uma pessoa que seja a seguir no que eu chamo de bom caminho (vocês vão ver muito essa expressão aqui), já valeu a pena. 
   Sou enfermeira aposentada, por conta de uma doença degenerativa muito chata, a espondilite anquilosante. Tive que parar de trabalhar aos 35 anos, com dois filhos e uma viuvez recente. Na minha vida tudo sempre aconteceu de forma rápida, menarca, casamento, filhos, viuvez, aposentadoria, de forma que às vezes me sinto uma idosa. Mas atualmente conto com 38 anos, com a impressão de ser mais. 
   Como estava parando de trabalhar, tinha que fazer alguma coisa, Sempre busquei fazer algo, trabalhar, estudar e a idéia de parar não me agradava. Vendia cosméticos e roupas, participei de grupos de oração, fazia artesanato. Quando diquei viúva estava fazendo um mestrado, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela doença e sabendo que talvez não pudesse exercer a academia como de fato era o objetivo do curso. Costumo dizer que sou um espírito livre. Livre, mas não leviano. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não gosto de amarras, mas gosto de estar amarrada a um coração. Mas esse mesmo coração não pode querer me limitar, senão vou embora. 
   A partir dessa reviravolta, passei a trilhar um caminho de autoconhecimento, percorrer uma longa estrada longa estrada de renovação, reestruturação da alma. Nesse percorrer precisei amar muito, esquecer conceitos antigos que estavam tão arraigados no meu íntimo que pareciam a verdade absoluta e nesse processo encontrei pessoas maravilhosas, que estavam dispostas a dividir comigo alegrias, calor humano.
    Um dos interesses que surgiram se referiu à doutrina espírita. Calma, que não se trata aqui de um blog com assuntos relacionados somente ao assunto, mas ela também tem enorme influência no meu percorrer e com isso posso aborda-la muitas vezes. Mas não quero de modo algum impor nenhuma ideia. Como já disse, o lance é compartilhar analisar. 
      Qualquer pessoa que passa por um processo de perda tem o direito de procurar seja lá qual meio for para se consolar. E comigo não foi diferente. Busquei a religião católica, o espiritismo e a psicologia, além da ajuda que recebi dos evangélicos. Graças a toda essa ajuda, eu e meus filhos pudemos passar por tudo de uma maneira menos dolorosa, especialmente pelo jeito que meu marido se foi (suicídio). Então, não gosto que se diga que essa ou aquela religião ou comportamento espiritual está certo ou errado, todos têm muito a contribuir. 
     Dentro dessa ajuda, encontrei pessoas espetaculares. Muitas se revezaram para dormir comigo e não me deixaram dormir sozinha durante um bom tempo. Muita conversa, muita energia positiva. Mutas pessoas novas e redescoberta de pessoas que estavam pertinho e eu não conhecia do jeito que achava que conhecia. 
        Muitas pessoas (evangélicas, católicas, espíritas) me mostraram um jeito bonito de enxergar a vida, como levar as dificuldades e como se explicar o que acontece nessa nossa jornada. Sempre achei a fé algo bonito, fascinante. E elas estavam ali me ajudando a seguir nesse bom caminho, puramente por amor. Isso existe sim! Eu não sabia que era querida daquele jeito; só tenho que agradecer para sempre o que me fizeram por mim. 
Não estou querendo dizer que são pessoas perfeitas, infalíveis, de modo nenhum. Mas a vontade de acertar no bom caminho é tão grande que envolve a todos que estão próximos e eu fui junto. Estão cientes dos seus limites, mas também sabem de que estão nessa existência tentando evoluir, crescer espiritualmente e isso não os faz irrepreensíveis.
Minha família é de uma importância fundamental na vida. Ela me incentiva quando acho que vou tropeçar, conforta-me. E depois do que passei, aprendi e vi, dei muito valor a ela do que já dava. 
         Sei que trilhar esse caminho chamado vida é difícil. Mas ao mesmo tempo em que percorremos, entendemos e compreendemos muita coisa. A partir daí podemos adotar o mais brilhante dos comportamentos, que é o de se colocar no lugar do outro. Ter um pouco de empatia, se importar mesmo. Sem demagogias. De coração. Isso nos traz uma sensação de felicidade, uma realização tão grande que chega a ser viciante. Não é que vamos sair por aí distribuindo nada, mas é adotando no nosso dia a dia pequenas atitudes, cultivando pequenos hábitos que nos modificam para melhor e isso envolve o outro, envolve o(s) ser(es) com quem se vive(m). O resultado disso é o equilíbrio vital, tão necessário e tão difícil de se encontrar atualmente. Naquele momento de inquietação eu sabia que precisava resolver aquilo para poder seguir em frente, senão só teria sentimentos e atitudes negativas a dividir. E isso não seria legal, além de ser injusto com quem se importava comigo. E quis entrar no caminho da serenidade. E aqui faço um apelo: dá uma olhada nos textos pelo menos de vez em quando. Quem sabe o que eu estou dividindo é justamente o que você precisa ver para se sentir melhor...Se eu conseguir isso nem que seja com uma pessoa, já valeu muito a pena e vou me sentir imensamente grata e feliz!

Cotidiano surpreendente

Fato:
podemos passar a vida toda pegando o mesmo ônibus, pensando estar ouvindo as mesmas músicas e vendo as mesmas caras... Mas o lance é subtrair da mesmice um fato novo, o diferente. Essa é a diferença entre o perspicaz e o que deixa ser levado... Isso é o que traz o tão sonhado reconhecimento e até o sucesso. Então, numa tentativa de achar o diferente, começo a descrever aqui minhas impressões a respeito do cotidiano, mas que não tem tanto de cotidiano assim. Tudo tem sua particularidade, sua curiosidade e sua beleza. Vou descrever e no final das contas você pode se dar conta do monte de coisa bela e diferente que também existe em sua vida e vale a pena ser falado...