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sexta-feira, 11 de março de 2016

Tempo e crescimento

Tantas coisas acontecem tão rápido, que o tempo de repente passa e agente acha que a semana, o mês, o ano passou voando. Quando somos bebês, vamos aprendendo tudo de modo mais lento e uma tarefa demasiada simples hoje era um verdadeiro suplício de ser concluída. Mas é assim mesmo. Vamos nos adaptando aos fatos, aos trâmites que a vida tem e o tempo sempre ali, sempre a nos angustiar ora porque se esvai rapidamente ora porque não passa logo. Nisso vamos acumulando o que podemos chamar de experiência. Vamos conhecendo mais as pessoas e aprendendo a identificar quem é confiável e quem não é. Infelizmente nos decepcionamos muito nesse processo de reconhecimento. Mas também somos agraciados com as boas surpresas, por exemplo, quando chega uma ajuda de alguém que nunca imaginaríamos que pudesse nos ajudar.
      Também erramos. Perdoamos e queremos que nos perdoem. Nessa farfalhar vital, vamos crescendo tanto físico quanto espiritualmente, não só em sentido religioso, mas enquanto donos de uma alma. Encantamo-nos com coisas/pessoas boas ou não. Teimamos em seguir adiante com algo que todo mundo ao nosso redor diz para abandonar só para provarmos o gosto que tem. exemplo disso é o casamento, ou ter filhos sozinho. Por mais que alguém nos alerte que não devemos nos iludir com o lado glamouroso da coisa, o que tem de gente querendo casar e ter filhos, não está escrito. Não digo que sejam experiências ruins, mas devem ser pelo menos bem pensadas. Mas num impulso, queremos ter a nossa própria história de sucessos e derrotas para contar. Somos humanos, curiosos, apaixonados e por vezes impulsivos. Mas os problemas começam quando insistimos em algo que não está nos fazendo bem. Uma coisa é ir à frente, tentar e se der errado, sair daquela situação do modo mais digno possível. Outra coisa é nos iludir achando que aquele mau negócio uma hora melhora, quando já deu provas mais do que suficientes que só tende a ficar pior. Insistir nisso é burrice. E somos seres inteligentes, sempre em busca do melhor para nós e assim ser felizes. Por que continuar num casamento/emprego ou seja lá o que for que está nos deixando doentes? Por que não somos honestos o suficiente para abrir o jogo e partir para uma situação melhor? Por que ao mesmo tempo em que somos excepcionalmente inteligentes, somos covardemente acomodados até com o que não presta? Temos uma energia vital fabulosa, capaz de nos tirar de qualquer quadro depressivo. Mas quando não usamos adequadamente essa energia, vamos enfraquecendo e morrendo em vida. Quando paramos de escutar nossa alma, nossa vida para. E assim, estando mortos, somos zumbis que andam,trabalham comem e até fazem sexo automaticamente, sem o brilho necessário para saborearmos as boas coisas a que temos direito. Direito? Sim. Temos direito de gozar a felicidade que a vida pode nos oferecer. Temos o direito de viver bem, em paz conosco e com os outros. Veja bem: viver bem não significa ter posses materiais (se assim fosse não existiria nenhum rico triste), mas sim fazer o que se gosta, em paz. Isso é tão difícil para tanta gente, que fico imaginando como eu poderia ajudar alguém a viver em paz. Mas não adianta querer ajudar, descobri com o tempo (ah, o tempo!). Antes de tudo, primordialmente, o indivíduo tem que querer se ajudar. Em itálico, subscrito e negrito. Tem que desejar mudar a sua situação. Quem sabe, pedir ajuda, que não e vergonha nenhuma. Mas é incrível a capacidade de permanecer no ostracismo que determinados indivíduos apresentam.  E o pior: culpam Deus e o diabo pela sua infelicidade quando os culpados são eles próprios. Quanta ignorância!
     Sei que ando decepcionada com algumas pessoas, pela imensa capacidade de se mostrar quem não são, ou achar que são donas de toda a razão do mundo. Ainda mais quando se trata de pessoas próximas, a ponto de sentirmo-nos tristes ou no mínimo sem graça. Mas não é por isso que tenho que enxergar tudo cinza e esquecer, deixar de lado quem faz de tudo para o meu mundo ser colorido. Quem se esforça pra me ver bem, que torce pra que eu fique bem. Essas pessoas merecem no mínimo meu respeito e minha atenção, porque não meu amor, afinal estão me fazendo bem, estão querendo me ver feliz. Então não posso deixar de enxergar o arco íris por causa de uma nuvem. O show colorido é muito mais bonito e agradável de se ver. 
     E quanto a quem se acha superior, empina o nariz como dono de toda razão ou acha que tem motivos para estar magoado, paciência. Não sou perfeita. Gosto de ajudar, gosto de fazer algo para deixar alguém melhor. Só que tem umdetalhe: EU NÃO SOU PERFEITA! E garanto que ninguém é. Já fui magoada por gente que amo. Tem quem me abrace hoje que já e fez chorar muito. Mas descobri que não vale a pena se ater ao "você disse/fiz isso e aquilo e eu não gostei!" Como todo mundo normal, eu acerto e erro. Eu ajo, mas também me canso. Aquele ser sempre sorridente que nunca reclama de nada e aguenta tudo não é saudável e normal. Arrisque-se. Acerte. Erre. Desculpe e peça desculpas. É desse modo que vamos nos tornando uma pessoa melhor e aprendendo a identificar o que realmente vale a pena. o que é de fato importante. Isso não nos faz donos da razão. Apenas mostra que estamos dispostos a aprender, acertando e errando. A vida não é mole, mas é maravilhosa e ninguém quer perdê-la, não é verdade? Abra-se para ela. Não acumule rancor, raiva. Isso envelhece. Faz deixar de ver muita coisa bonita e legal. Pense nisso. Caia e levante-se. Peça ajuda quando precisar. Sorria e chore. Assim você estará sendo sincero com quem mais interessa, que é você mesmo. E mostra que você é um ser humano fantástico, mesmo que não ache. Viva. E assim você terá uma linda história para contar.  

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