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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Minha amiga

                Na vida, encontramos pessoas fantásticas, outras nem tanto. Algumas valem muito a pena guardar no coração, outras apenas deixamos de lado e não nos incomodamos mais, porque de nada serva alimentar raiva senão para fazer mal ao coração e à mente. Conhecemos pessoas que lutam por seus ideais, pela sua família, pela sua saúde, isoladamente ou por tudo isso. Eu conheço uma pessoa assim. Ela é mãe, esposa, professora, paciente, dona de casa, enfim, tudo o que se pode esperar de uma mulher que apesar de todos as batalhas, vence cada uma delas e ainda tem tempo e cabeça para ouvir e aconselhar quem está sofrendo ou com algum problema por vezes até pequenos, mas que na visão dela, se estão incomodando, merecem ser ouvidos e resolvidos.
         Ela me ensinou muita coisa nesse caminhar da minha doença. Eu sei, existem outras que podem desempenhar o mesmo papel, mas ela se tornou especial por carregar um fardo que maltrata tanto, que pode desestruturar famílias, como o câncer. Ficou carequinha, linda, ficou cheinha, com certeza sofreu os efeitos colaterais do tratamento agressivo para esse agravo, mas soube confiar em Deus para poder voltar para a sua família sã e salva, a fim de dar continuidade à missão de cuidar de sua família. Seu filhinho, hoje um rapagão lindo, estudou com o meu filhinho (que também está imenso hoje) e quando olho pra ele me dá saudade dos tempos em que tinha filhos pequenos, do meu falecido marido e da vida que a gente levava, de um tempo de tranquilidade em que a minha preocupação maior era trabalhar para ajudar no sustento dos meus filhos e cuidar deles intensivamente, porque dependiam em tudo de mim. Morávamos num apartamento pequeno, tínhamos um carrinho, mas tanto eu quanto ela tínhamos nossas vitórias diárias e isso nos fazia feliz. Não que hoje esteja ruim, de modo algum, hoje a vida realmente está muito boa, graças a Deus, com toda luta, mas graças a pessoa como ela, a labuta se torna mais doce, mais leve, porque ela sabe o que dizer e quando dizer. Posso até não ter o contato diário, mas é alguém que sei que posso contar para me emprestar um ombro quando estiver cansada e também pode rir comigo.
         Só tenho a agradecer por toda a torcida dele por mim que ela siba que eu e minha família a guardamos e à sua família no nosso coração. Do mesmo modo que sei que posso contar com ela, quero que ela saiba que pode contar comigo. Quase todos os anos o nosso ponto de encontro é o aniversário dos meninos. E que depois, quando se tornarem mais independentes ainda, que continuemos anos encontrar para colocar a conversa em dia, como se tivéssemos nos visto semana passada.
         Obrigada, Francisca. Espero que esse pequeno texto consiga traduzri todo o meu sentimento de gratidão, de amor, de carinho de tudo de bom que achoo que você é. Obrigada pelo exemplo de vida e fé. E jamais esqueça que estamos aqui, eu e minha família, para o que der e vier.

         Fique com Deus. 

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