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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Socorro

É certo que devemos ajudar as pessoas. Sou plenamente a favor de fazer o que pudermos para tirar alguém de um sufoco, dar uma mão a quem precise, encorajar algum desanimado. Mas sou plenamente contra o abuso. E afirmo convictamente que a partir do momento em que estamos nos sentindo incomodados ou prejudicados em ajudar alguém porque este alguém está abusando de nossa boa vontade, estamos prejudicando as pessoas que mais devemos amar no mundo: nós mesmos. Não é certo dar o peixe, segundo um dos ditados mais antigos que existe; ensine a pescar. Não é certo que passemos por cima de nossas vontades (desde que lícitas) para satisfazer o outro, E a gente, como fica? Tenho o maior prazer do mundo em ajudar seja lá quem for, e quando digo que pode contar com alguma ajuda que eu possa dar, é porque vou fazer algo que não vai me massacrar ou me deixar no mínimo desconfortável. O grande problema ocorre quando as pessoas abusam disso e acham que podem dizer, fazer e pedir o que bem lhes veem à cabeça, porque tenho a obrigação de satisfazer seus pedidos. Não é assim. Defendo demais a colaboração, a solidariedade, mas desde que faça bem a ambos, a quem faz e a quem recebe. A partir do momento em que uma das partes não está se sentindo bem, não se trata mais de atenção ou ajuda e sim de abuso e dos mais cínicos que existem. E entenda-se por uma das partes a pessoa que está ajudando, nunca a que é beneficiada. Não desisto da benevolência, da empatia, da solidariedade, do "pode contar comigo", do amor e justamente por não desistir especialmente desse último é que não permitirei mais que espertinhos abusem da minha boa vontade, porque quem tenho que amar primeiramente e antes de tudo SOU EU! Tenho dito.