Acredite, somos mais do que pensamos. Quando a
nossa carne apodrece, não nos perdemos num universo de vermes e pó. Alguma coisa
sobra de nós e em algum local esse resto de nós permanece até que nos seja dado
um destino adequado.
Não
se trará de religião, de crença, de fanatismo, ou seja lá do que se possa
chamar. É uma questão de lógica. Enquanto vivos de carne, somo muito mais do
que pensamos e podemos fazer coisas que a cada dia superam o que pensávamos que
podíamos fazer. Se hoje podemos subir um morro amanhã podemos galgar com facilidade
uma montanha. E a nossa mente trabalha diariamente em busca de novos desafios,
desafios estes que são vencidos enquanto outros surgem, uns mais desafiadores
do que os outros, mas temos a certeza de que uma hora ou outra vamos vencer. Então
não faz sentido toda essa energia, toda essa força simplesmente dissipar-se no
tempo e no espaço quando a carne morre. Existem teorias variadas a respeito do
que acontece após a morte, mas a verdade é que talvez ninguém tenha razão. Ou talvez
ganhe o páreo quem mais usar de razão e ciência para explicar o que ocorre. Mas
é certo: não nos apagamos para o nada e tudo o que vivemos e fizemos não se
perde. Nada foi em vão.
Então,
como crente de uma teoria nesses moldes, penso que não devemos perder tempo nem
desperdiçar energias com coisas fúteis ou de cunho prejudicial tanto para mim
mesma quanto para o outro. Independente de qualquer coisa, religião ou crença,
já está mais do que comprovado de que quanto melhor vivemos, mais felizes somos
e viver bem não quer dizer que devemos ter a maior riqueza material possível. Quanto
mais nos concentramos no bom caminho, melhor nos saímos. Quanto mais
concentramos nossos pensamentos em coisas boas e em obras benéficas a todos,
melhor nos sentimos e a partir de então evoluímos enquanto ser pensante, ser
complexo.
Não
condene quem pensa diferente. Antes condene quem pensa no mal. Não é uma
questão de crença, volto a insistir e sim uma questão de ser humano. Toda essa
nossa energia, que nos move a realizar grades feitos, que nos faz deparar com
situações incríveis, deve ser utilizada em prol do bem. Todo mundo conhece uma
história fantástica de alguém que sobreviveu sob condições absurdas, que passou
por calamidades, doenças e outras coisas e continua aí, de pé, distribuindo
simpatia. Então, com base em muita coisa que já vimos, afirmo: não nos perdemos
depois da morte. Não interessa pra onde vamos, como vamos, se teremos essa
mesma consciência de quando estamos com a carne viva, mas algo de nós é deixado
para os que ficaram. E justamente por isso devemos ter cuidado com o que
fazemos enquanto vivos.
Não
queremos deixar incômodo. Tenho certeza que por mais desafetos que as pessoas
tenham, todos gostariam de ser lembrados como algo bom, uma pessoa que valeu a
pena conhecer. Então, cuidemos de nossas energias, cultivemos bons fluidos para
que, quando deixemos esse plano, o que fique de nós seja amor. Que sirvamos de
inspiração para os que ficaram. Nossa energia vai permanecer, nossa mente não
morrerá e o correto seria que ela servisse de orientação e boas referências. Somos
capazes de muitas coisas, então concentremo-nos em coisas boas. Não somos
perfeitos, claro, e sempre teremos momentos de falha. Mas garanto que o que
importará será o conjunto da obra, a energia como um todo e instantes
defeituosos não serão nem vistos, serão absorvidos pela essência de bondade.
Por
favor, não diga que a sua religião é a correta e que o resto do mundo não vai
se salvar. Fazendo isso você está dando sinais de uma energia retrógrada e
ignorante, o que não interessa para ninguém. Seja bom exemplo, concentre suas
forças no que realmente interessa: o amor.
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