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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Depois da morte

                 Acredite, somos mais do que pensamos. Quando a nossa carne apodrece, não nos perdemos num universo de vermes e pó. Alguma coisa sobra de nós e em algum local esse resto de nós permanece até que nos seja dado um destino adequado.
                Não se trará de religião, de crença, de fanatismo, ou seja lá do que se possa chamar. É uma questão de lógica. Enquanto vivos de carne, somo muito mais do que pensamos e podemos fazer coisas que a cada dia superam o que pensávamos que podíamos fazer. Se hoje podemos subir um morro amanhã podemos galgar com facilidade uma montanha. E a nossa mente trabalha diariamente em busca de novos desafios, desafios estes que são vencidos enquanto outros surgem, uns mais desafiadores do que os outros, mas temos a certeza de que uma hora ou outra vamos vencer. Então não faz sentido toda essa energia, toda essa força simplesmente dissipar-se no tempo e no espaço quando a carne morre. Existem teorias variadas a respeito do que acontece após a morte, mas a verdade é que talvez ninguém tenha razão. Ou talvez ganhe o páreo quem mais usar de razão e ciência para explicar o que ocorre. Mas é certo: não nos apagamos para o nada e tudo o que vivemos e fizemos não se perde. Nada foi em vão.
                Então, como crente de uma teoria nesses moldes, penso que não devemos perder tempo nem desperdiçar energias com coisas fúteis ou de cunho prejudicial tanto para mim mesma quanto para o outro. Independente de qualquer coisa, religião ou crença, já está mais do que comprovado de que quanto melhor vivemos, mais felizes somos e viver bem não quer dizer que devemos ter a maior riqueza material possível. Quanto mais nos concentramos no bom caminho, melhor nos saímos. Quanto mais concentramos nossos pensamentos em coisas boas e em obras benéficas a todos, melhor nos sentimos e a partir de então evoluímos enquanto ser pensante, ser complexo.
                Não condene quem pensa diferente. Antes condene quem pensa no mal. Não é uma questão de crença, volto a insistir e sim uma questão de ser humano. Toda essa nossa energia, que nos move a realizar grades feitos, que nos faz deparar com situações incríveis, deve ser utilizada em prol do bem. Todo mundo conhece uma história fantástica de alguém que sobreviveu sob condições absurdas, que passou por calamidades, doenças e outras coisas e continua aí, de pé, distribuindo simpatia. Então, com base em muita coisa que já vimos, afirmo: não nos perdemos depois da morte. Não interessa pra onde vamos, como vamos, se teremos essa mesma consciência de quando estamos com a carne viva, mas algo de nós é deixado para os que ficaram. E justamente por isso devemos ter cuidado com o que fazemos enquanto vivos.
                Não queremos deixar incômodo. Tenho certeza que por mais desafetos que as pessoas tenham, todos gostariam de ser lembrados como algo bom, uma pessoa que valeu a pena conhecer. Então, cuidemos de nossas energias, cultivemos bons fluidos para que, quando deixemos esse plano, o que fique de nós seja amor. Que sirvamos de inspiração para os que ficaram. Nossa energia vai permanecer, nossa mente não morrerá e o correto seria que ela servisse de orientação e boas referências. Somos capazes de muitas coisas, então concentremo-nos em coisas boas. Não somos perfeitos, claro, e sempre teremos momentos de falha. Mas garanto que o que importará será o conjunto da obra, a energia como um todo e instantes defeituosos não serão nem vistos, serão absorvidos pela essência de bondade.

                Por favor, não diga que a sua religião é a correta e que o resto do mundo não vai se salvar. Fazendo isso você está dando sinais de uma energia retrógrada e ignorante, o que não interessa para ninguém. Seja bom exemplo, concentre suas forças no que realmente interessa: o amor. 

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